03/09/2011

A era dos super-crentes.
Rafael Romão15:21 1 comentários

    A vida cristã, repleta de experiências com Deus, da doce presença do Espírito Santo e da virtude dos dons espirituais, às vezes, pode passar-nos a impressão de que somos super-crentes. Lembro-me, agora, de um antigo livro de capa azul, cujo título, acho que escrito em vermelho, era: “Super-Crentes”. Não me lembro bem do seu conteúdo, só sei que cheguei a lê-lo ainda no começo da adolescência.
    Talvez muitos discordem desta reflexão, e têm todo o direito de fazê-lo, mas não acredito na existência de super-crentes. Penso que pessoas que, intimamente, denominam-se assim ou agem desse modo constituem-se uma ameaça para a sua própria vida cristã e também para o reino de Deus.
    Apesar do título escolhido para estas linhas, sinceramente, não creio em uma era de super-crentes, mas sim, em um super-Deus, dominador de todas as eras.
    O problema de se achar “super”, no campo espiritual, está no fato de se ter a doce ilusão que o pecado não é mais páreo para você e, por isso, você pode chegar bem perto dele, brincar com coisas pecaminosas que nada te atingirá. Entendam-me bem, não estou dizendo que devemos viver amedrontados pela presença do pecado a nossa volta, mas recordo-me de uma jovem pregadora que disse: “DEVEMOS TRATAR O PECADO COM SERIEDADE”.
    O problema de se considerar um super-crente está em acreditar que se pode estar em ambientes contaminados, participar de conversas ilícitas, ou mesmo praticar atos torpes sem nada abalar sua firmeza espiritual. Que bom seria se a vida cristã fosse tão fácil assim. Que bom seria se nunca retrocedêssemos em nossa espiritualidade, que não pudéssemos perder o que recebemos de Deus!
    Em verdade, sabemos que nós, crentes ou “super-crentes”, somos corruptos por natureza: assim como disse Davi: “Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu a minha mãe” (Sl 51:5). Davi não estava falando de algum pecado relativo ao ato sexual que gerou seu nascimento, mas no fato de que todos nós, inclusive ele, termos esta tendência pecaminosa, adquirida desde que somos concebidos. Vejo que o pecado funciona como um vício para o corpo do ser humano. Nós, que já temos um envolvimento com Deus, não podemos esquecer da fragilidade que há em nós e, de que um dia, esse vício também nos dominou. Alguns por esquecerem ou ignorarem essa realidade, começam a tratar o pecado com menosprezo, a considerá-lo algo de menor importância, e isso é um grande perigo para a saúde espiritual.
    Jovens, não sei se estou me fazendo clara nesta breve reflexão, mas, em resumo, o que quero que guardem em seus corações é: Fuja da imoralidade! Guardem suas palavras, seus ouvidos, seus olhos, seus passos e, principalmente “(...) guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida” (Pv. 4:23)
    Em I Tessalonicenses 5:22, há um importante conselho: “Foge da aparência do mal”. O escritor não nos recomenda fugir apenas do que temos certeza que é pecaminoso, mas também, daquilo que nos parece ser mal. Desse modo, mesmo que não tenhamos absoluta certeza de que o que está perante os nossos olhos, em meio ao caminho que trilhamos, é desagradável ao Senhor, só pela dúvida, devemos mudar o caminho, tomar outro trajeto, pois o diabo, que nos odeia, anda nos rodeando, assim como um leão faz quando vê uma possível presa. Seu objetivo é devorar a todos que conseguir, sejam estes super-crentes ou não.

Amo e preciso de todos vocês.

Por Giovana Cardoso
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