01/05/2012

O Filho Pródigo
Rafael Romão00:00 0 comentários



Um pai judeu tinha dois filhos.
Por insistência do filho mais novo, o pai repartiu a herança com seus dois filhos. Contudo, era extremamente incomum um pai judeu fazer isso. Com isso, Jesus demonstra a insistência de Israel em deixar a companhia de Deus.
O filho mais velho, o primogênito, segundo a Lei, tinha o direito de receber o dobro da herança. Deuteronômio 21.17
Então, ambos os filhos receberam a herança do pai.
O filho mais novo representa Israel, que saiu da casa do pai levando tudo o que tinha.
Israel insistia em deixar a companhia de Deus para servir a outros deuses.
Israel não tinha prazer em obedecer e seguir a Deus.
Por isso que o pai, de forma incomum, repartir a herança entre os filhos.
Israel não sentia prazer em ser cuidado e orientado por Deus, queria viver livre, sem precisar prestar contas, longe de Deus; preferia estar junto a povos que serviam outros deuses, que tinham outras culturas e costumes.
Israel queria ficar livre das restrições impostas pela Lei de Deus.
Israel queria viver conforme o seu bel-prazer, em completa liberdade.
Um grande castigo e uma grande vergonha para qualquer judeu é se aproximar ou lidar com porcos, pois isso representava total afastamento de Deus.
E foi exatamente o que Israel fez com Deus, o que Jesus demonstra através dos resultados que o filho mais novo obteve na vida por conta de suas escolhas.
A atitude mais sensata e inteligente que alguém pode tomar na vida é aproximar-se de Deus e viver para Deus.
E a atitude mais insana, insensata e burra que alguém pode tomar na vida é afastar-se de Deus.
A nação de Israel se afastou de Deus e, como conseqüência, foi levada para o cativeiro para ser escrava da Babilônia.
O filho mais novo, por deixar seu pai, transformou-se num mendigo maltrapilho que vivia em meio aos porcos, onde deseja alimentar-se da comida deles.
Morto ou perdido, assim é o estado daquele que perdeu o contato com Deus.
Mas a fome tornou-se uma bênção disfarçada para aquele homem, pois o levou a refletir. Ele lembrou que os trabalhadores de seu pai viviam com mais conforto do que ele.
Então, ele resolveu agir! E tomou uma atitude que muitos deveriam tomar: Ele caiu em si e falou consigo mesmo:
Levantar-me-ei, tomarei o caminho de volta para meu pai, e ao chegar lhe confessarei: Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores.E foi exatamente isso que ele fez.
Ao vê-lo chegando, o pai correu ao seu encontro e muito o abraçou e beijou.
O filho fez a confissão ao pai até o ponto onde lhe pediria um emprego. Mas o pai o interrompeu e deu ordens aos seus empregados para vestirem seu filho de forma adequada e prepararem uma grande festa para comemorarem a volta de seu filho que estava morto, mas reviveu.
  • A melhor vestimenta representa distinção e honra.
  • O anel representa a autoridade e a tradição de família.
  • As sandálias representam que ele era filho do senhor daquelas terras.
    Os escravos andavam descalços e somente os filhos tinham sandálias.
Com a chegada do filho pródigo, vemos o pai agindo com amor misericordioso e perdoador, que simboliza o amor, a graça e a divina misericórdia de Deus; mas, por outro lado, vemos o filho mais velho agindo com ressentimento punitivo, que simboliza a atitude legalista dos fariseus e líderes religiosos que se opunham aos pecadores, gentios e, especialmente, a Jesus.
O filho mais velho foi consumido por uma grande raiva, ciúmes e ressentimento. Ele recusou participar da alegria do pai.
Onde existe a alegria de Deus, a atitude farisaica não pode entrar.
Diz a Palavra que o filho mais velho:
  • Encheu-se de ira, e negou a entrar para participar da festa e da alegria do pai.
    Então o pai saiu e insistiu com ele.
  • Porém ele replicou (contestou) com o pai:
    Tenho trabalhado como um escravo para ti; nunca desobedeci a uma ordem tua; nunca me deste um cabrito para festejar com meus amigos, mas para este teu filho mandaste matar o novilho gordo.
    É sempre bom lembrar que o filho mais velho também recebeu do pai a sua herança, e que foi o dobro da herança de seu irmão.
    O mesmo acontece com muitos filhos de Deus; tudo está ao seu dispor — todas as riquezas do Pai — em Cristo (Efésios 1.3). Mas a inveja, o orgulho, a arrogância, a teimosia e a religiosidade, contudo, impedem o seu amplo e completo usufruto (usufruir; desfrutar).
  • Então, lhe arrazoou (censurou; repreendeu) o pai:
    Tu sempre estás comigo; tudo o que possuo é igualmente teu.
    Tínhamos sim que celebrar e regozijar muito pela volta deste teu irmão, porque ele estava morto e reviveu, estava sem esperança e foi salvo.
    Perceba que o pai lembra ao filho mais velho que toda aquela festa e alegria eram para o irmão dele.
O Senhor nos pergunta: Onde está o teu irmão? Aquele que pecou contra ti?
Como este irmão mais velho, assim eram os escribas e fariseus.
  • A verdade é que os friseus eram extremamente religiosos, hipócritas e pecadores culpados.
  • Eles se ressentiam da misericórdia de Deus para com os pecadores.
  • Eles pensavam que serviam a Deus fielmente, e que nunca transgrediram um único mandamento do Senhor, e que nunca tinham sido recompensados devidamente por Deus por agirem assim.
  • O orgulho deles cegou-lhes para não enxergarem o quanto estavam distantes de Deus.
    O orgulho e a teimosia fazem com que as pessoas não enxerguem o quanto são religiosas e o quanto estão longe de Deus e de Sua vontade.
    O orgulho e a teimosia fazem com que as pessoas pensem que estão corretas diante de Deus, quando na realidade, estão bem longe dele.
    Por isso que Deus resiste ao soberbo. Tiago 4.6; I Pedro 5.5
  • Se os escribas e fariseus também estivessem prontos a se arrepender e admitir seus pecados, então o coração do Pai teria se alegrado, e eles também teriam sido motivo de grande festa.
Assim como o pai desta parábola insistiu com seu filho mais velho, assim também o Senhor continua insistindo conosco acerca do nosso relacionamento com nossos irmãos.
E porque Deus continua insistindo com a gente?

Porque Deus nos ama e ordena que amemos uns aos outros como Jesus nos amou.
Uma das coisas mais incoerentes que há nas igrejas, mas que não deveria haver, é um irmão querer reconciliar um pecador com Deus (ministério da reconciliação: II Coríntios 5.18) quando ainda não se reconciliou plenamente com um irmão com Como iremos cumprir o nosso ministério em lares e com famílias se há desavenças entre irmãos?
  • Há irmãos que não suportam determinados irmãos.
    Imagine isso: Jesus na Igreja em meio a irmãos com desavenças.
  • Há irmãos que não sentem prazer em estar junto com determinados irmãos.
    E por que agem assim? Porque são como o irmão mais velho: soberbos, orgulhosos, teimosos, hipócritas e religiosos.
Não devemos agir como o irmão mais novo, que deixou o Senhor e tornou-se um pecador perdido; como também não devemos agir como o irmão mais velho, que não perdoou seu irmão mais novo, quando este caiu em si e se arrependeu de seus pecados.
Por isso, o grande ensino desta palavra está com o pai.
É muito fácil dizer: Somos a imagem e semelhança de Deus.
Difícil é expressar a imagem de Deus através da nossa vida. É claro que isso é difícil para os orgulhosos, soberbos, teimosos, hipócritas e religiosos; porque para estes, a coisa mais difícil a fazer é reconhecer que está errado e longe da vontade de Deus.
Quando pecamos e pedimos perdão a Deus, queremos que nossa comunhão com Ele volte a ser como era antes de pecarmos contra Ele.
No entanto, quando algum irmão peca contra outro e este lhe pede perdão, a maioria dos ofendidos entende que jamais será como antigamente, e que será necessário um tempo para voltar a ter comunhão novamente com o irmão faltoso.
Quem pensa assim está errado. E quem continuar pensando assim é porque é orgulhoso, teimoso, hipócrita e religioso; e sem demora Deus irá cumprir a Sua Palavra que diz:
Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas. Mateus 6.14,15




Fonte: http://aguiadecristo.org.br/index.php/artigos/83-a-parabola-do-filho-prodigo.html


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