Dando continuidade a nossa série falaremos um pouco sobre a vida de Moisés.
Moisés assim como alguns outros jovens que mencionamos aqui, não tem apenas a sua juventude, mas sua vida toda retratada na Bíblia. Mas hoje focaremos em um aspecto que não está relacionado apenas a juventude dele, mas que muito tem a nos orientar quanto a nossa vida ministerial que, querendo ou não, por conta de sermos jovens, está apenas iniciando.
Desde em seu nascimento, podemos ver que Moisés foi alguém separado por Deus, pois todo o cenário no Egito era desfavorável para sua existência. Devido o grande desenvolvimento do povo hebreu no Egito, Faraó temendo que eles se rebelassem (Ex. 1.7-10), mandou matar todos os meninos abaixo de 2 anos (Ex.1.15-22), e Moisés nasceu bem nesse período, porém sua mãe conseguiu escondê-lo por três meses (Ex. 2.2) e logo após temendo sua morte, tentando salvá-lo, o colocou em um cesto no rio Nilo, que poderia ter feito com que qualquer desgraça lhe acontecesse, mas por providência e proteção divina, o levou até a filha do Faraó que o tomou como filho (Ex. 2.3-10). Até esse ponto podemos ver que houve todo um cuidado de Deus para que Moisés permanecesse vivo, e mesmo que ele não soubesse, já estava sendo forjado e educado para ser a pessoa que Deus havia escolhido para libertar o seu povo.
Os anos se passaram e o processo de ensinamento foram se intensificando, ao ponto de, apesar dele não saber que Deus iria usá-lo para libertar o povo hebreu e ele ter educado no palácio de Faraó como se egípcio fosse, ele ao ver injustiças com um israelita, se sentir incomodado como se a injustiça fosse com ele próprio, o que o fez matar o egípcio em defesa do israelita (Ex. 2.11 e 12).
Em atos 7. 29 e 30 fala que após ele ter feito justiça com suas próprias mãos no Egito, ele passou 40 anos em Midiã, nada se fala sobre como ele ficou, além dele ter casado e se tornado pastor, durante esse tempo. Daí então surge o ponto que quero enfatizar a vocês, no período em que Moisés ficou em Midiã até ser chamado claramente por Deus para ir ao Egito libertar o povo israelita me traz um grande ensinamento, quando Deus tem algo a realizar através das nossas vidas, esse algo não acontecerá da noite para o dia, há um processo. E muitas vezes durante esse processo Deus ficará em silêncio, e isso não quer dizer que os objetivos de Deus para com as nossas vidas mudaram, mas que ainda não chegou o tempo d'Ele agir.
Vemos claramente na passagem do tempo que o Moisés que foi libertador dos hebreus e o pastor deles no deserto por quase 40 anos, já não era o mesmo impulsivo que matou o egípcio, ele aprendeu a esperar o direcionamento de Deus para agir, aprendeu a não agir pela força do próprio braço (Exemplos: Ex. 5. 22 -23 e Ex. 6. 10-12). Os 40 anos de exílio em Midiã foram essenciais para ele se tornar o libertador (Ex. 3. 10), profeta (Dt. 34. 10-12), juiz (Ex. 18.13-22) dentre outras funções que desempenhou, que foi.
Podemos ver que o tempo que passamos em espera, diante de algo que Deus quer realizar em nós, é um tempo de amadurecimento, crescimento e aprendizado. Sem esse tempo é impossível nos tornarmos a pessoa capacitada que precisamos ser para realizar a vontade de Deus.
Sendo assim vemos que mesmo que já saibamos, ou não, do propósito que Deus tem para nós, precisamos passar pela fase de aperfeiçoamento de caráter e personalidade. Nessa fase talvez vejamos a Deus, talvez não. Talvez Ele fale conosco. talvez não. Mas o mais importante é que os propósitos d'Ele em nossas vidas, não mudam com o tempo, nossas impressões ou até nossos pré-julgamentos. A história que Ele escreveu para nós, como no caso de Moisés, já foi feita a muito tempo e não está sujeita a nossa compreensão, apenas ao tempo d'Ele agir.
Fiquem na paz, pessoal!
E esperem o agir de Deus na vida de vocês!
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