Boa tarde galera!
A nossa série jovens da Bíblia está a todo vapor, porém entrando em sua reta final. Hoje é o dia do penúltimo jovem que traremos nessa temporada (estamos pensando, sim, em fazer a 2ª temporada em breve) e falaremos um pouco sobre Maria, a mãe de Jesus.
Muitos podem até não entender o porque de tratarmos sobre ela aqui nessa série, que fala sobre os jovens da Bíblia, mas para os que não sabem, a história dela começa a ser retratada na Bíblia durante a sua adolescência. E quando sabemos disso, faz com que a vejamos de outra forma e consigamos contextualizar sua história em nosso cotidiano. Obviamente isso não quer dizer que o Espírito Santo nos avisará o mesmo que avisou a ela (que ela geraria a Cristo - Lc 1.30 e 31) mas nos traz uma grande lição de amor, obediência e submissão.
Maria estava noiva de José (Lc 1.27), logo os dois não moravam juntos nem tinham tido relações sexuais. Porém, um dia em sua casa um anjo lhe apareceu e disse que nela seria gerado um filho e que esse se chamaria Jesus (Lc 1.31). A primeira pergunta dela foi como isso aconteceria sendo que ela ainda era virgem e não era casada, porém o anjo lhe explicou que seria por intermédio do agir do Espírito Santo (Lc 1.34 e 35). Nesse momento, após a resposta do Anjo, Maria poderia ter dado várias respostas, mas a única coisa que ela disse foi "Aqui está a serva do Senhor, que se cumpra em mim conforme a tua palavra." (Lc 1.38). Esse é o ponto crucial que quero abordar com vocês hoje.
Como disse acima, esses eventos relatados a respeito de Maria, na Bíblia, começaram em sua adolescência. Na Bíblia não fala a idade dela especificamente, mas os pesquisadores e estudiosos já obtiveram informações que, segundo os costumes da época quanto a idade que as mulheres tinham quando acontecia o noivado e o casamento, Maria teria por volta de 13 anos quando disse o sim para algo proposto por Deus a ela.
Fazendo uma rápida análise sobre toda essa situação, imagina uma garota de 13 anos, noiva, em uma cultura extremamente rígida e intolerante, é informada que ficará gravida e não de seu noivo, seria do Espírito Santo, e esse bebê que ela esperaria seria o Salvador do mundo. São muitas coisas improváveis e "loucas" em um único contexto. O que será que passou pela cabeça dela? "Tudo isso é verdade ou estou delirando?", "Era um anjo mesmo?" "Será que realmente existe O Messias que virá salvar o seu povo?" "O que vão pensar de mim?", "Será que José vai me abandonar?", "Será que serei apedrejada?" (pois no costume da época, noivados que eram rompidos por motivo de adultério, estupro, fornicação ou incesto pediam morte por apedrejamento) e imagino que eram perguntas que não tinham fim.
Aos nossos olhos, se ela questionasse ao anjo com todas essas perguntas, seria mais que normal e justo, e se ela se recusasse a aceitar por qualquer um desses motivos ou qualquer outro, seria aceitável. Afinal, a vida dela estava prestes a mudar totalmente e ela corria o risco de até morrer por isso. Mas Maria contrariou toda a ótica racionalmente humana para essa situação, ela, em um ato de amor, obediência e submissão ao Deus que seus pais lhe apresentaram e a ensinaram a crer, simplesmente disse "Estou aqui, faça a sua vontade!"
Trazendo para o nosso contexto, quantas vezes Deus nos apresenta seus projetos e planos, nos pede algo e nós dizemos não? Do ponto de vista humano e com base nos hábitos que a sociedade atual têm, é extremamente aceitável e justificável o nossos "nãos". Mas do ponto de vista cristão, com base na fé e evangelho que professamos, será que é? Será que podemos dizer, em todos os aspectos em que nossas vidas estão inseridas, que "O viver para mim é Cristo e o morrer é ganho."( Filipenses 1.21)?
A Bíblia é muito clara a dizer que quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perdê-la por causa de Cristo, a encontrará. Porque, de nada adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma. (Mt 16.25 e 26). O que quero dizer é que para que vivamos o evangelho verdadeiro, precisamo fazer renúncias, precisamos passar por cima de medos, inseguranças, lógica humana e aceitação da sociedade.
Deus usa as coisas loucas para confundir as sábias (1 Co 1.27). Foi louco um anjo aparecer e dizer para uma adolescente que ela seria mãe do Messias tão esperado. Foi louco uma virgem ficar grávida por ação do Espírito Santo. Foi louco um noivo ver sua noiva grávida dizendo que aquela gravidez não era fruto de traição e decidir acreditar nela e não romper o noivado.
Toda essa história na ótica humana não faz o menor sentido, mas é nessa história que dizemos acreditar e pautar a nossa vida. Em respeito a ela, que loucura do ponto de vista humano/ social, você tem feito? Quando Deus te propõe algo que seus amigos acham louco, o que você diz? Sim ou não? Pensa no amor que Ele tem por você e, em resposta a esse amor, você renúncia tudo, ou ouve seus amigos e faz a linha "Sou normal, sigo a galera?"
Que todos os dias nossas mentes sejam renovas em Deus e o nosso amor por Ele também! Que não percamos o foco - Cristo, e o nosso sim para Ele seja maior do que nossas dúvidas, vontade de aceitação pela sociedade e satisfação do nosso próprio ego e vontade.
Fiquem na paz!
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